A vida é meio contraditória as vezes. Quando somos crianças sabemos o que queremos ou não fazer, quem gostamos que fique ao nosso lado, falamos quando não estamos bem com algo, brigamos, fazemos birras e não aceitamos NÃO como resposta. Isso tudo porque não temos medo de ser quem somos, de buscar o que é melhor para nós, de dizer se gostamos ou não de algo ou se queremos ou não fazer o que nos mandam. Agimos de acordo com nossas vontades sem se importar com o que os outros irão achar das nossas atitudes.
Quando somos crianças, o que importa é o momento. Choramos porque nos machucamos com uma queda de bicicleta, ou porque não querem dividir os brinquedos conosco. Nossa preocupação é com quem e onde vamos brincar. Somos felizes com coisas simples. Perdoamos fácil. Os amigos que acabamos de fazer viram nossos melhores amigos. Não sofremos por corações partidos, muito menos vamos atrás de alguém porque não damos a mínima para isso.
Ao crescer parece que regredimos. Paramos de nos importar com o que pensamos de nós mesmos e começamos a nos importar com o que os outros acham de nós. Aceitamos as pessoas ao nosso lado muitas vezes por conveniência gostando ou não delas. Guardamos nossa opinião e temos medo de impor nossas vontades, deixando de buscar o que acreditamos ser melhor para nós porque nossas idéias são diferentes das demais e começamos a aceitar NÃOs sem lutar pelo que queremos.
Passamos a nos importar mais com o futuro do que com o presente e choramos porque esperamos demais das pessoas, o que sempre termina em decepção. Nos preocupamos com tudo, menos com o que realmente importa. Para conseguir ser feliz não nos contentamos com o simples, precisamos sempre de mais, muito ainda não é o bastante. Demoramos para perdoar e, ao fazer um amigo, nem sempre damos a confiança necessária.
A pergunta que ainda não há resposta: Por que quando criança, nossa capacidade de saber viver é melhor do que quando crescemos? Não deveria ser o contrario? Sim, deveria, mas não é!
As pessoas deveriam se preocupar mais com o que é essencial na vida, pelo olhar e coração de uma criança e não pelo de um adulto. Liberte sua criança interior. Saiba manter o equilibrio entre o certo e o errado, entre o que você acredita e o que as pessoas pensam. Equilibre o adulto com a criança. Lute pelo que acredita sem pisar nas outras pessoas. Sinta a natureza, busque a felicidade na simplicidade das coisas. Viva como se cada dia fosse o último. Não espere nada de ninguém, apenas faça o seu e o resto será consequencia de seus atos.
O bom da vida é ser o que desejamos ser. Seja você criança ou adulto, nunca perca a essencia e não deixe que nada nem ninguém lhe impeça de viver!
Seja uma eterna criança!